terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Eu sabia que o tempo viria, e que ele seria cruel, sabia desde o principio que as diferenças iriam se destacar cada vez mais. Deslocada, errada, no caminho oposto. “Tinha uma pedra no meio do caminho” eis que me pergunto, eu sou a pedra? Sou o empecilho? Até quando eu vou me sentir a pessoa estranha na história? A história que era para ser de dois, duas pessoas, dois sentimentos, dois amantes, mas tudo ficou estranho, somos dois amantes, mais eu ainda continuo sendo a pessoa estranha. Ei tempo, maneira ai pra mim, eu sabia que você seria cruel, mas não tão cedo, não tão rápido não tão cruel, as coisas estão sendo mudadas, estão mudando, eu estou mudando, você está mudando. Ei vida, dá um tempo ai que eu to perdida, to fazendo o certo? To agindo certo? Porque eu tenho que ver e permanecer calada? E porque o que eu vejo dói em mim? Só em mim, deveríamos ser dois. 2 contra 1, 3, 4 e até mais, to sozinha no jogo, to perdendo a vontade de querer ganhar, não que eu não queira é que está esgotando todas as minhas forças jogar sozinha, deveríamos estar no jogo a dois. A verdade mesmo é que o que eu desejo é que seja feliz, é isso que me confunde, me descola e me faz sentir a pessoa estranha. Será que o jogo a dois não é com outro alguém? Alguém que converse melhor ria mais e ame mais, é acho que to perdendo o jeito e o jogo.O tempo continua passando, me sinto nos 45 minutos do segundo tempo, e ao mesmo tempo sinto que ainda tem muito pra jogar, muito pra sentir, muito pra amar. Eu já cai no jogo, mais não fui expulsa. 45 minutos do segundo tempo? Ei juiz me da um acréscimo! Eu sei que está ali, ta no banco reserva, mais tá ali, eu vi, eu estou vendo, está no mesmo time que eu, quer me ver vencer. Eis que ouço um grito “te amo” ponto pra mim, gol pra mim. Somos no jogo dois, dois amantes, dois jogadores, dois estranhos. Às vezes sou eu no banco de reservas e às vezes não, mas nós estamos lá, sempre lá, calados ou não, jogando ou não, eu torço por e, torce por mim. E quer saber? Eu não preciso de mais nada, nem de tempo, muito menos que ele seja caridoso comigo, e nem que a vida me mostre o que fazer. Eu sei, eu vou andando, não mais sozinho, vou de guia, às vezes eu não percebo, mas eu aprendi a senti-lo ali me dando a mão. Eu sei que o tempo vem, sei que as diferenças surgem e se destacam cada vez mais, mas vou dizer que não sabem, meu amor é indestrutível, incondicional, e eu não amo sozinho, e quem não ama sozinho não perde o jogo, aconteça o que acontecer. Ganhei o jogo. Ganhei dos meus rivais, ganhei do tempo, ganhei da vida. Eu quero mesmo é que você venha tempo, que você passe e passe rápido, passe lento, passe como quiser, você não vai me arrastar, e pode mudar muitas coisas, mais o sentimento tempo, esse você não tira e não muda, nem vindo como ventania, furacão ou seja lá o que for.
Ganhei o jogo! Eu não, meu time. Eu e você

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